O professor de inglês Vitor Asano recebeu uma ameaça em carta que foi encontrada no dia 13 de dezembro. O texto diz que ele tem até o dia 30 de janeiro para se livrar da cadela de estimação.
Vitor é morador da Vila Clementino, zona sul de São Paulo, e dono da cadela Sol, de 9 anos. A ameaça escrita na carta diz que os latidos do animal estariam incomodando a vizinhança. “Você tem o prazo até a data acima mencionada para colocar seu cachorro ainda com vida em outro lugar para viver”, diz a mensagem.
Em outro trecho, o autor da ameaça diz ser profissional e que deixaria uma marca de tinta no carro do dono como aviso. “Como prova do nosso profissionalismo, deixaremos uma marca de tinta branca no seu carro. A próxima não será nem tinta nem branca.”
Leia a carta completa:
Carta anônima diz que morador tem até dia 30 para se livrar da cadela
Segundo Vitor, de fato, ele encontrou o carro e a calçada sujos de tinta branca. O professor afirma ainda que cuida da Sol há oito anos, e que nunca teve grandes problemas com os vizinhos por conta dela. “No início, houve reclamações pontuais, mas isso já foi resolvido. Ela late como qualquer cão.”
Cadela Sol - @vitorassano/Instagram - @vitorassano/Instagram
Vitor afirma que outros moradores donos de cães também receberam ameaças semelhantes, e que o medo tomou conta da vizinhança. “Estamos revoltados. Pior ainda é saber que essa pessoa tem o meu endereço”, desabafou.
Depois de mais de um mês de angústia, ele fez uma publicação nas redes sociais divulgando a ameaça recebida. O caso teve repercussão. Incentivado por amigos, Vitor prestou um Boletim de Ocorrência no 16º Distrito Policial.
O UOL entrou em contato com o 16º DP, que informou por telefone que o caso está em investigação.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública), por sua vez, divulgou nota informando que procura imagens de câmeras de segurança para tentar identificar a pessoa responsável pelas ameaças.
“O caso é investigado, por meio de inquérito policial, como ameaça pelo 16º DP (Vila Clementino). A vítima prestou depoimento e manifestou o desejo de representar criminalmente. A equipe de investigação realiza diligências para localizar imagens de câmeras de segurança e outros procedimentos de polícia judiciária para identificação da autoria. Outro boletim de ocorrência foi registrado na unidade com as mesmas características, porém a vítima ainda não fez a representação criminal. A delegacia vai contatá-la”, informou a secretaria.
Do FolhaPress | Em: 25/01/2021 às 13:38:48