A família do empresário Luiz Henrique Cavalcanti Romano, de 22 anos, que foi empurrado de uma piscina com borda infinita em uma festa de luxo, diz que na queda ele fraturou a mandíbula, uma clavícula, oito costelas e uma vértebra. O jovem está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Caldas Novas, no sul do estado. Imagens de câmera de segurança mostram a confusão e a queda do jovem (vídeo acima).
O suspeito de empurrar o jovem, segundo consta no registro de ocorrência da Polícia Militar, é o empresário Sérgio Júnior, de 24 anos, que foi embora da festa logo depois da confusão.
A advogada Maria Laura Portela, procuradora do investigado, disse em vídeo que "não há o que se falar em tentativa de homicídio", porque Luiz Henrique teria dado início à briga. A advogada afirma ainda que o cliente "entrou na briga para defender um amigo" e que "não sabia que a borda da piscina era tão alta" (leia a íntegra ao final).
A confusão aconteceu na véspera de Natal (24), em Caldas Novas. A família disse que Luiz Henrique estava num bar quando foi chamado por amigos para ir até a festa. A mãe acredita que as pessoas que estavam na casa ficaram enciumadas com a presença do jovem.
A discussão começou dentro da casa e foi para a área externa. A gravação registra que o jovem cai na piscina e é agredido por vários rapazes. Quando tenta subir na borda da piscina, Luiz Henrique é empurrado e cai de uma altura aproximada de seis metros.
O investigado já foi ouvido pela Polícia Civil e liberado. O caso, que inicialmente foi registrado como lesão corporal dolosa, passou a ser tratado como tentativa de homicídio e será investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Caldas Novas.
Câmera de segurança registra quando jovem empurra rapaz que saía de piscina em Caldas Novas, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Mãe está desesperada
Tem pouco mais de um mês que a mãe da Karina Romano morreu. Ela nem superou a dor e já vive o drama de ver o filho que saiu para um festa internado na UTI.
A mãe relata que o filho queria comemorar o Natal em casa. A árvore que a família montou continua montada e, embaixo dela, estão os presentes que ele fez questão de comprar.
"Não consigo comer, não consigo beber água mais. Não consigo fazer as coisas simples da casa. Eu só fico orando, pedindo pela saúde do meu filho. Só quero pegar meu filho e cuidar dele", desabafa a mãe, aos prantos.
Segundo Karina Romano, o ato de empurrar o jovem da borda da piscina foi uma covardia. No dia em que Luiz Henrique deu entrada na UTI o hospital, ela foi visitá-lo e o encontrou desacordado.
"Ele [autor] sabia que a piscina era alta. Ele empurrou meu filho e voltou para averiguar. Todos que estavam na piscina fizeram covardia com meu filho”, afirmou a mãe.
Karina Romano, mãe de Luiz Henrique, está desesperada com o estado de saúde do filho — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Nota de defesa do suspeito
Em nota, a advogada Maria Laura Portela, procuradora de um dos envolvidos na confusão informou que seu cliente revelou que entrou na briga para defender um amigo e que não sabia que a borda da piscina era tão alta. Que não teve a intenção de matá-lo, tão pouco machucá-lo gravemente. Informou ainda que não é uma pessoa agressiva e que nunca teve a intenção de matar a vítima. Salienta a advogada que trata-se de uma fatalidade e que foi um ato impensado no calor da emoção.
G1