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AS REDES SOCIAIS JULGAM, CONDENAM E SENTENCIAM
Morrinhos
Publicado em 04/11/2020

a JUSTIÇA feita aqui nas redes sociais certamente não é a ideal, mas, considerando o fato de que no Brasil ela quase não existe onde deveria, até que vale a pena ver que, apesar de um advogado inescrupuloso como esse Cláudio Gastão da Rosa Filho, defensor o empresário André Aranha, acusado do estupro da digital influencer, Mariana Borges Ferreira, conhecida como Mari Ferrer, ter conseguido a absolvição do seu cliente, teria sido melhor pro Dr. se não tivesse "vencido" a causa, pois, após a divulgação do vídeo onde se viu como a tese de "estupro culposo" da defesa foi argumentada, desmoralizando e humilhando a vítima, e a absolvição do réu foi concedida, graças à inépcia de um magistrado incompetente, o brasileiro e, principalmente as brasileiras de bem, fizeram na mesma hora, a implacável justiça da internet. 

Se a intenção do advogado, do réu e até mesmo do juiz e do promotor, era enterrar mais um caso no enorme cemitério da impunidade do Brasil, o tiro saiu, literalmente pela culatra, pois, o que conseguiram foi uma condenação perpétua da imagem de todos eles, sem chance de apelação ou qualquer outro tipo de enrolação comum no nosso sistema judicial.  Isso, mostra que, apesar da demora e lentidão, nosso país está mudando, e apesar de que  aqui, embora nem sempre todos paguem pelos erros, quando alguém paga, fica bem caro. 

Que esse episódio seja o divisor de águas para juízes sem capacidade, promotores sem compromisso, advogados sem ética e aos réus endinheirados, que não tentem mais se esconder sob o enorme guarda chuva da indecência e do corporativismo do judiciário, imaginando uma proteção que já não existe mais.

Opinião: Silvio - SiCa Cassiano/Rádio Identidade

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