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Silvânia Ferraz: 46 ANOS!
Morrinhos
Publicado em 11/06/2020

O mês de junho chegou e de repente acordei......e aqui estou eu fazendo 46 anos. Qual sensação? A mesma que se tem ao completar 20, 30..... anos porque as emoções e desejos não envelhecem, o que se transforma, inexoravelmente, é o corpo, a decrepitude física, no entanto é uma sentença implacável a qual estamos todos fadados! Queiramos ou não ela se processa indiferente à nossa síndrome de Peter Pan, luta inglória pela busca da eterna juventude. Hoje aceito com certa tranquilidade as marcas e sinais do tempo, pois são grafias impressas em minha pele que revelam minha história de vida, registro das minhas vivências, das dores e delícias que saboreei.

Nessa minha caminhada tive muitas alegrias e milhares de tristezas. Muitas vezes fui ao fundo do poço, mas não me permiti ficar naquela estranha zona de conforto por muito tempo, pois sabia que na superfície havia muito a ser realizado por mim e a esperança me convocava à ação.

Já tive muitas barreiras, pactos desfeitos, juras quebradas, já chorei e sofri por amor, já fiz outros tantos sofrerem. Já realizei alguns sonhos, outros ainda sonho em realizar. Ainda não fiquei rica...rrss. Aprendi que com os anos você não se torna uma pessoa melhor, mais madura intelectualmente, com senso de auto percepção apurado: isso é mito! Somos o que somos independentemente da idade que tenhamos. Nossos pecados não são absolvidos quando envelhecemos, não conquistamos o salvo conduto para o céu, porque ganhamos cabelos grisalhos. A mudança positiva só se processa em nós quando tivermos a coragem para realizar a tão difícil, porém necessária “reforma íntima”.

Hoje compreendo que se conectar com a espiritualidade é o único caminho seguro para quem quer aliviar as angústias e incertezas da vida. Não existe atalho! É nela que me agarro, tal qual um náufrago quando minhas forças parecem acabar. Percebo que hoje sou mais tolerante comigo mesma e com os outros, tento praticar mais assiduamente perdão e o auto perdão, porque não sou perfeita e não posso exigir perfeição de ninguém. Entendo com mais clareza que o outro só vai até onde seus bloqueios lhe permitem ir. É inútil debater contra essa verdade. E que me enche de expectativa é frustação garantida.

Aprendi que a felicidade é fugidia, que corremos o risco de passarmos por ela e não nos apercebemos, porque estávamos ocupados demais com outras inquietações. Que para ser realmente feliz uma pessoa só precisa ter saúde, serenidade, paz interior e entusiasmo pela vida. Aprendi também que o sorriso é a legítima expressão da alma livre, energia vital poderosa que atrai tudo de belo e de bom!

Parabéns para mim!!!!!!

Silvânia Agostinha da Silva Ferraz: Colunista do site Rádio Identid@dade, Administradora de Empresas e Pós Graduada em Contabilidade Empresarial e Auditoria

 

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