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Mabel: Caiado disse que não se importa com opinião do Fórum Empresarial
Goiás
Publicado em 13/05/2020

O presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, disse ao Mais Goiás nesta quarta-feira que o governador Ronaldo Caiado (DEM) mostrou desprezo com a opinião do Fórum Empresarial contrária à aplicação de medidas rigorosas de isolamento social. A demonstração de desprezo teria sido feita em uma reunião do governador com empresários na última terça-feira (12).

 

“Caiado disse: Não me importo com a opinião de vocês. Todos os poderes estão comigo. E eu vou fechar tudo com o novo decreto”, relata Mabel.

 

O decreto com medidas mais rígidas deveria ter sido publicado no Diário Oficial nesta quarta-feira, mas até o fechamento deste texto, ainda passava o revisão.

 

 

Mabel diz que o Fórum Empresarial é contra o fechamento total do comércio, como se especula. Ele afirma que que o grupo de empresários apresentou a Caiado uma “série de ideias e alternativas para não precisar fechar tudo novamente. E todos os presentes argumentaram com o governador”.

 

Os empresários teriam dito que, se houvesse o fechamento brusco do comércio, a iniciativa privada amargaria grande prejuízo. Mabel afirma que Caiado está mais preocupado com a repercussão negativa da queda de isolamento do que com a economia. O presidente da Fieg entende que não há aumento no número de casos confirmados significativo que justifique a radicalização do governo.

 

Não foi bem assim…

Segundo Marcelo Baiocchi, representante do fórum no Comitê de Combate ao Novo Coronavírus e presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), a postura do governador não foi tão dura quanto Mabel diz. Ele nega que o governador tenha afirmado que “a opinião do Fórum não importa”.

 

 

“Ele ouviu todas as nossas sugestões e até anotava o que falávamos. Mas disse que estava decidido”, relata o presidente da Fecomércio.

 

O governador teria dito que, quando o isolamento passasse de 50%, a flexibilização poderia ser novamente discutida. “O que pode durar uma semana, ou 15 dias ou mais.” Segundo o presidente da Fecomércio, já na segunda irá atrás das medições e tentará renegociar a abertura. “Para durar o mínimo possível”.

 

De acordo com ele, a cada fechamento, algumas empresas não reabrem. “Por isso recebemos essa informação com muita apreensão. Estávamos voltando aos poucos, sendo que muitas empresas ainda trabalhavam no prejuízo, visto que os clientes, simplesmente, não retornam em um momento como esse”, expôs. “Então, quando começamos a ver a luz do túnel… Setor recebeu a informação com muita apreensão”, reforçou.

 

Da Redação

Do Mais Goiás | Em: 13/05/2020 às 19:55:00

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