Na madrugada da última sexta-feira, o prefeito da capital gaúcha, Nelson Marchezan Jr (PSDB-RS), baixou um decreto que autoriza tanto Grêmio quanto Internacional realizarem atividades de treino presenciais em seus Centros de Treinamento. Nas redes sociais, os clubes divulgaram vídeos em que dizem seguir protocolos de higienização de vestiários e dependências.
Contudo, está vetado, no documento assinado pelo prefeito, qualquer tipo de contato físico entre os atletas que devem respeitar distância de dois metros entre si. Em esquema especial com escala de horário, os jogadores se reapresentam para realizar exames médicos e testes rápidos de Covid-19.
Apesar da retomada dos trabalhos, a volta aos gramados ainda é incerta; com o Campeonato Gaúcho suspenso desde 16 de março devido à pandemia, está marcada para amanhã uma reunião virtual entre o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, e o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB-RS), para debater sobre a volta das atividades e dos jogos.
O novo coronavírus, que paralisou todas as atividades esportivas na absoluta maioria dos países, virou polêmica no lado colorado. O presidente do Inter, Marcelo Medeiros, em entrevista à rádio Guaíba na última semana, disse que, caso algum jogador do clube sinta receio em jogar durante a pandemia, poderia pedir demissão. Após a fala ser alvo de muitas críticas, o dirigente abaixou o tom em manifestação subsequente, por meio das redes sociais.
Do lado tricolor, segundo publicado na última quinta-feira pelo Jornal O GLOBO, o técnico Renato Portaluppi, foi perguntado pelo presidente Jair Bolsonaro a opinião do comandante sobre o regresso aos campos de futebol, o que é uma bandeira que vem sendo levantada constantemente pelo mandatário. No entanto, Renato tratou de expor sua preocupação com o cenário e freou o ímpeto de Bolsonaro.