O Estado de Goiás pode terminar 2020 com um déficit que pode chegar a R$ 8,5 bilhões. O orçamento previsto para este ano já previa um fechamento com saldo negativo na ordem de R$ 3,5 bilhões, rombo que deve aumentar mais R$ 5 bilhões pela falta de arrecadação entre outros fatores provocados pela crise do novo coronavírus.
De acordo com a secretária de Economia, Cristiane Schmidt, as receitas já apresentaram uma retração de 15% a 20%, em virtude da queda de arrecadação de impostos. Para os próximos meses, a retração pode chegar em torno de 30%, levando em consideração a possibilidade de aumento da inadimplência. O acompanhamento da atividade econômica está sendo feito diariamente.
O ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) representa em torno de 70% da arrecadação de impostos em Goiás. O governo ainda conta com ajuda que pode vir de projeto que está no Senado e que visa a recomposição de perdas de receitas que os Estados estão tendo em relação à queda de receita oriunda do ICMS.
Cristiane Schmidt disse que o Estado já tinha uma situação fiscal delicada e que se agravou com a crise do novo coronavírus. “Claro, poderia, sim, fazer a soma das duas situações, a situação prévia, com este cenário”, disse a secretária, em entrevista à Rádio Sagres.
Cortes dos poderes
Nesta quarta-feira (22) foi anunciado o corte de 20% das despesas de custeio dos poderes Judiciário, Legislativo, Executivo, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunais de Contas. Segundo a secretária, a redução nominal chega a R$ 22 milhões.