Com 119 casos confirmados de Covid-19 na tarde desta segunda-feira (6), Goiás passou do nível 1 para o 2 no Plano de Contingenciamento em combate ao novo coronavírus. Apesar disso, a Secretaria de Estado de Goiás (SES) já adota medidas que estavam previstas na fase 4, como decretar estado de emergência, suspender eventos com aglomerações e cirurgias eletivas.
Apesar disso, quando foi confeccionado, o Estado não contava com o Hospital de Campanha, em Goiânia. Nele, estão presentes 210 leitos, sendo 70 para casos críticos e 140 para casos semicríticos da Covid-19. A Maternidade Oeste também foi inaugurada nesta segunda-feira (6) para atender infectados pela doença. Inicialmente serão 30 leitos de UTI, mas que pode aumentar conforme a demanda.
Além disso, já foi confirmado pelo Executivo a instalação de outros sete hospitais que ajudarão ao combate do novo coronavírus. Eles serão instalados nas cidades de Anápolis, Águas Lindas, Formosa, Luziânia, Jataí, Porangatu e Itumbiara.
“Desde que o primeiro caso foi confirmado, o alerta já acendeu. Contamos com uma equipe muito capacitada para realizar o monitoramento necessário. Até mesmo para dar um parecer sobre a necessidade de mais leitos, não somente de UTI, mas de enfermaria também, a necessidade de prorrogação de quarentena, e demais informações”, pontua a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim.
O Plano de Contingenciamento é dividido em cinco níveis que vão do zero ao 4. O nível zero é quando não há nenhum caso confirmado. Até 100 confirmações já é caracterizado nível 1. Nele é previsto a destinação de 10 leitos de enfermaria e 10 em UTI nos hospitais estadual.
De 101 a 500 é caracterizado o nível 2. Neste, é previsto destinar 20 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI na mesma quantidade de hospitais estaduais. O nível 3 é válido de 501 a 1 mil casos. Neste momento, é destinado 50 leitos de UTI em hospitais estaduais. Também é iniciado a suspensão de cirurgia eletivas. Acima de 1 mil casos, o Estado entre no nível quatro.
“A partir do momento que se tem a contaminação comunitário, o número de casos confirmados e de mortes tendem a aumentar. Por isso, algumas decisões tomadas com antecedências ajudam a situação não se agravar como em outros Estados”, explica Flúvia.
Ela também destaca que a média é de realização de 200 testes/dias. Para melhorar ainda mais, é aguardado o envio de testes rápidos por parte do Governo Federal. Ela explica a dinâmica desses testes. “Um deles terá a liberação em até 24 horas. Ele deve ser feito nos primeiros dias da doença. Ele tem um padrão gold, com isso, a chance de dar falso positivo é mínima. Já o outro deve ser feito no sétimo dia da doença. Ele é feito com uma gotinha de sangue e detecta os anticorpos para saber o combate da doença após entrar em contato com o sangue”, ressalta.
Flúvia destaca que percebe que muitas pessoas relatam preocupação quando não submetidas ao teste. “Apesar disso, é importante deixar claro que a pessoa vai receber o tratamento pelos sintomas que apresenta. O teste ajuda muito nos dados epidemiológicos. O importante é se manter em isolamento domiciliar para evitar a transmissão da doença”, alega.
Do Mais Goiás | Em: 06/04/2020 às 19:38:12