
Setor sofre com cautela bancária, inadimplência crescente e efeitos climáticos
A concessão de crédito rural e agroindustrial caiu 16% no primeiro semestre de 2025 e fechou em R$ 83 bilhões, de acordo com o Boletim Agro da Serasa Experian.
O recuo, de cerca de R$ 16 bilhões ante 2024, é atribuído à maior cautela dos bancos, aumento da inadimplência e efeitos de eventos climáticos, de acordo com Marcelo Pimenta, head de agronegócio da instituição.
“O setor convive com desafios como a elevação gradual da inadimplência, eventos climáticos e critérios mais rigorosos de conformidade socioambiental”, afirmou Pimenta.
No segundo trimestre, o setor movimentou R$ 47,2 bilhões — queda de 9,8% na comparação anual. O valor médio por CPF caiu 22,1%, para R$ 157,9 mil, enquanto o número de contratos avançou 11,4% e chegou a 343,6 mil.
O Sul recebeu o maior volume trimestral, com R$ 15 bilhões. No Centro-Oeste, os valores por contrato atingiram R$ 468 mil, e o tíquete por CPF chegou a R$ 639 mil — os maiores do país. O Nordeste liderou em número de CPFs contratantes, com 108 mil.
