
Resistência no Senado à indicação de Messias reabre debate sobre possíveis nomes
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), voltou a ser mencionada como possível indicada para a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). A articulação ocorre em meio à resistência do Senado à indicação de Jorge Messias.
O nome de Simone passou a circular após assessores cogitarem a suspensão da indicação de Messias diante do risco de derrota. A informação ganhou força ao ser replicada no X, e até o MDB de São Paulo compartilhou publicações afirmando que Tebet entrou no radar por causa do impasse.
Simone é considerada um dos principais quadros do governo Lula para cargos de alto impacto político. Além de ser cotada para o STF, também é mencionada como possível vice na chapa presidencial caso Geraldo Alckmin dispute o governo de São Paulo. A própria Tebet também foi sondada para concorrer ao Senado por São Paulo, embora declare preferência por disputar em Mato Grosso do Sul.
A ministra tem formação em direito pela UFRJ, especialização em ciência do direito e mestrado em direito pela PUC-SP. Antes da carreira política, atuou como professora universitária em Mato Grosso do Sul. Em 2002, foi eleita deputada estadual.
Simone lidera a avaliação do governo Lula segundo pesquisa AtlasIntel, que aponta 62% de “ótimo/bom” para sua gestão no Planejamento, seguida por Mauro Vieira e Macaé Evaristo, ambos com 54%.
No cenário paulista, o Planalto também estuda lançar Tebet ao Senado. A estratégia depende do desfecho da disputa estadual, de quem será o candidato da esquerda ao governo e da decisão do governador Tarcísio de Freitas sobre disputar a Presidência ou a reeleição.
Internamente, o MDB paulista resiste à hipótese de Tebet concorrer pelo estado com apoio de Lula, já que a sigla integra a base de Tarcísio. Parte do partido defende lançar candidatura própria ao Senado, citando Baleia Rossi como alternativa.
Na direita, o plano é ocupar duas vagas: uma apoiada por Jair Bolsonaro e outra por Tarcísio. Com Eduardo Bolsonaro fora do país, a disputa se abriu. Guilherme Derrite (PL) é o nome mais forte do grupo de Tarcísio. Também são cotados Ricardo Salles, Rodrigo Garcia e o vice-prefeito Coronel Mello Araújo.
As articulações devem avançar em 2026, quando o governo federal e os partidos alinharão suas estratégias para o Senado e o STF.
