
Dantas comenta atuação de Michelle para PL não apoiar Ciro Gomes
O programa ALive desta segunda-feira (1º) abordou a rejeição de Michelle Bolsonaro (PL) ao apoio do partido à candidatura de Ciro Gomes (PSDB) ao governo do Ceará. A ex-primeira-dama afirmou, em evento pró-Eduardo Girão (Novo), que o agora tucano já atacou diversas vezes o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Claudio Dantas, apresentador do programa, a situação é uma “sinuca de bico”. “O Ciro Gomes tem uma presença importante, será? Tem. Tem voto? Tem. [Mas] o Ciro Gomes chamava o Bolsonaro de genocida, chamava, tá tudo aí. Inclusive, fez campanha para o PT”, disse.
O jornalista destacou que o argumento de Michelle faz sentido do ponto de vista da coerência e da defesa de princípios: “‘Então, eu vou me aliar com um sujeito que quer me ver presa? Eu vou me aliar com um sujeito que me ataca? Eu vou me aliar com aquele que tenta defenestrar o meu movimento?’. Esse é um questionamento superválido”.
Dantas lembrou, porém, que a política envolve também a matemática dos votos, e ressaltou que Michelle citou casos como o dela, o de Damares Alves e o de Bolsonaro, afirmando que “às vezes, o certo acaba virando duvidoso”.
“A gente às vezes tem surpresas, porque, no final do dia, quem manda é o eleitor, que é quem aperta o botão”, disse o apresentador “Então, assim, nós temos aí de um lado o pragmatismo político puro, a ideologia e os princípios; e do outro, o pragmatismo puro”.
“Então, esse é um cenário realmente supercomplexo. E tem, eu acho, um pano de fundo, que é a forma como se faz”, continuou.
Dantas concluiu que, mesmo com maior transparência sobre os bastidores, “nessa lavação de roupa suja, a gente sabe que, na política, é sempre complicado”.
