
Bolsonaro cumpre domiciliar desde agosto e aguarda execução da pena de 27 anos
O estado de saúde de Jair Bolsonaro (PL) voltou a preocupar a família. Nesta sexta (21), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o pai piorou nas últimas 24 horas e enfrenta uma crise intensa de soluços, sintoma recorrente desde que passou a tomar medicações mais pesadas depois da facada e das cirurgias abdominais dos últimos anos.
Segundo o senador, a equipe médica reforçou a medicação paliativa, e qualquer decisão sobre internação agora “caberá aos médicos, não à família”. O recado, apesar de diplomático, revela o tamanho da preocupação.
Durante a madrugada, Carlos Bolsonaro (PL-RJ) já havia feito um relato dramático no X. Disse nunca ter visto o pai naquele estado. Segundo ele, Bolsonaro “soluça dormindo”, vomita com frequência e corre risco real caso tenha refluxo durante o sono. “Estou impossibilitado de mostrar o que vejo por medidas ilegais”, escreveu num desabafo que reacende críticas ao cerco judicial sobre a família e ao silêncio forçado imposto por decisões de Moraes.
Crise de saúde de Bolsonaro se agrava e filhos vão as redes foto: X / Twitter
Crise de saúde de Bolsonaro se agrava e filhos vão as redes foto: X / Twitter
Piora de Bolsonaro ocorre no mesmo dia que pedido ao STF
A piora ocorre justamente no dia em que a defesa do ex-presidente pediu ao STF que a pena em regime fechado seja substituída por prisão domiciliar humanitária, diante da gravidade do quadro clínico.
Bolsonaro cumpre domiciliar desde 4 de agosto e aguarda a execução da pena de 27 anos e três meses pelo caso da suposta tentativa de golpe.
Na petição encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, os advogados afirmam que o ex-presidente está “profundamente debilitado”, com intercorrências constantes e risco iminente de agravamento grave.
A defesa é direta: colocar Bolsonaro em um presídio comum pode representar risco concreto à vida.
“Um mal grave ou súbito não é questão de se, mas de quando”, diz a peça enviada ao STF, argumentando que o sistema prisional não oferece condições mínimas para atender um paciente com o histórico e o quadro atual de Bolsonaro.
O pedido será analisado por Alexandre de Moraes. As defesas dos condenados do núcleo 1 têm até segunda (24) para apresentar um segundo recurso.
