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Irmãos de Porangatu recebem rins da mesma doadora em transplantes feitos no HGG
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 18/10/2025 09:55
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Os irmãos Aldemar Cavalcante Barros, de 59 anos, e Divino Cavalcante Barros, de 57, renasceram na última sexta-feira (17). Ambos receberam novos rins em procedimentos cirúrgicos que aconteceram na última sexta-feira (17) no Hospital Geral de Goiânia (HGG). O mais impressionante é que os órgãos vieram da mesma doadora, fato considerado raro na medicina e inédito na saúde pública de Goiás.

 

 

Aldemar e Divino são naturais de Porangatu, oriundos de uma família de sete irmãos, e os dois são policiais da reserva. Aldemar, o mais velho, estava na fila aguardando para realizar o transplante renal há quatro anos, quando iniciou a diálise. Ele perdeu as funções renais por conta de complicações da diabetes. O irmão dele, Divino, também tem diagnóstico de diabetes e perdeu as funções renais há um ano.

 

 

Aldemar, que realizava a hemodiálise em Porangatu, explica que veio a Goiânia nesta quinta-feira (16/10) para fazer um check-up do coração. No mesmo dia, recebeu um importante telefone que mudaria a sua vida: a notícia de que o tão aguardado transplante havia chegado. Imediatamente, ligou para o irmão e contou as boas novas. “Foi um choque total para nós dois. A gente fica meio paralisado na hora, porque temos pouco tempo de diálise, em relação a outros que ficam anos (na fila)”, contou Aldemar Barros.

 

De acordo com o médico cirurgião Rodrigo Rosa, que integra uma das equipes do Serviço de Transplante Renal do HGG, para que o procedimento ocorra são necessários exames específicos, tanto de compatibilidade sanguínea, como dos chamados “alelos”. “Como se fosse uma cicatriz que a gente carrega no nosso gene. Cada pessoa tem um par de alelos e a gente avalia, populacionalmente, se o organismo daquele receptor não vai ter anticorpos que vão reagir contra doadores que não têm relação familiar direta com ele”, destaca.

 

 

Segundo dados da Central Estadual de Transplantes, 2.458 pessoas aguardam na fila para transplante em Goiás atualmente. Destas, 686 aguardam transplantes renais, 12 de fígado, três de pâncreas e dois pâncreas/rim. A posição na fila de espera para doação de órgãos depende de diversos fatores, tais como compatibilidade, idade, doenças associadas e grau de urgência, conforme avaliação da equipe cirúrgica e sempre com o conhecimento do receptor. Quem regula a fila é o Sistema Único de Saúde (SUS), e os órgãos doados vão para pacientes que aguardam na fila nacional única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

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