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Goiás registra 5 casos suspeitos de intoxicação por metanol; 2 foram descartados
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 07/10/2025 15:36
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Goiás já registrou cinco casos suspeitos de intoxicação por metanol, mas dois foram descartados. A informação foi divulgada nesta tarde de terça-feira (7). Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), as situações ainda em investigação ocorreram em Itapaci, Formosa e Padre Bernarda. As descontinuadas em Bom Jesus e Senador Canedo.

 

 

O primeiro caso foi registrado em Itapaci, uma mulher de 25 anos, que está internada no Hospital Estadual Centro Norte Goiano (HCN). A situação foi confirmada na última sexta-feira (3). Em seguida, a SES-GO informou sobre a suspeita de intoxicação em um homem de 20 anos, em Formosa, e depois outro indivíduo de 47 anos, em Padre Bernardo.

 

Este último está com “protocolo aberto de morte encefálica, segundo informações do Ciatox-DF”. Ele está internado no Hospital de Base de Brasília (DF).

 

Em relação aos descartados, o primeiro foi um homem de 25 anos de Bom Jesus. Inicialmente notificado caso suspeito, houve a evolução do quadro e “foi descartada a possibilidade de intoxicação por metanol”, informou a SES. Já o último registro, também desconsiderado, foi de uma jovem de 18 anos em Senador Canedo. “Internada no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), o caso foi descartado para intoxicação por metanol”.

 

 

O que é metanol?

O metanol é um produto químico usado em produtos industriais e domésticos, como diluentes, anticongelantes, vernizes e até fluidos de fotocopiadora. Assim como o álcool que consumimos na cerveja, no vinho e nos destilados, o metanol é um líquido incolor com cheiro semelhante ao do álcool encontrado normalmente nessas bebidas, mas muito mais barato de produzir. Isso faz com que ele seja utilizado em bebidas adulteradas.

 

Dificilmente, será possível perceber a adulteração na hora do consumo, dado que seu gosto e efeito é semelhante ao da bebida não adulterada. No entanto, seus efeitos prejudiciais aparecem apenas horas depois, quando o organismo tenta eliminá-lo. A ingestão de pequenas quantidade pode ser extremamente prejudicial à saúde e alguns “shots” do composto podem ser fatais.

 

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O álcool é metabolizado no fígado. No caso no metanol, este metabolismo cria subprodutos tóxicos chamados formaldeído, formato e ácido fórmico. Eles atacam nervos e órgãos, sendo o cérebro e os olhos os mais vulneráveis, o que pode levar à cegueira, coma e morte.

 

A toxicidade do metanol está relacionada à dose ingerida e ao organismo. Tal como acontece com o álcool tradicional, quanto menos você pesa, mais você pode ser afetado por uma determinada quantidade.

 

 

Normalmente, os efeitos demoram entre 40 minutos e 72 horas para aparecer. Os primeiros sinais são semelhantes ao da intoxicação por álcool e incluem problemas de coordenação, equilíbrio e fala, bem como confusão e vômitos. Ao mesmo tempo, a pressão arterial cai, resultando em uma sensação de tontura e desmaio.

 

Em fases posteriores – cerca de 18 a 48 horas após a ingestão – o ácido fórmico, que interrompe a produção de energia nas células, faz com que o pH do sangue caia, danificando tecidos e órgãos do corpo. Isso pode causar insuficiência renal, convulsões e até sangramento gastrointestinal.

 

A intoxicação por metanol tem tratamento?

Devido ao seu rápido efeito no organismo, o início do tratamento deve ser feito assim que houve suspeita da intoxicação por metanol. Em ambiente hospitalar, existem medicamentos que podem ser administrados para tentar limpar o sangue, assim como a aplicação de diálise.

 

O antídoto para metanol é o álcool (etanol). Isso porque a metabolização do etanol pelo fígado pode ajudar a atrasar o metabolismo do metanol e reduzir seu efeito tóxico no corpo. Mas isso tem que ser feito rapidamente.

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