
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, estão sem se falar desde o dia 7 de setembro, quando o governador, em ato na Avenida Paulista, afirmou que o magistrado age com “tirania”. Não houve contato pessoal nem por telefone desde então, segundo interlocutores de ambos.
Até o episódio, os dois mantinham relação institucional frequente. Tarcísio visitava a casa do ministro em São Paulo e jantavam para tratar de temas variados. A fala pública do governador foi recebida com surpresa e irritação por ministros da Corte, que viram no discurso um rompimento do canal de diálogo.
A crise ocorre enquanto aliados do Centrão estimulam Tarcísio a disputar a Presidência em 2026. O governador, porém, tem dito que a decisão dependerá de Jair Bolsonaro, seu padrinho político, e mantém, por ora, a preferência pela reeleição em São Paulo. Em público, assessores buscam reduzir a temperatura, mas reconhecem que a falta de interlocução com Moraes agrava o ambiente político.
Nos bastidores, dirigentes do PL elogiaram uma eventual chapa com Tarcísio à frente e Ciro Nogueira (PP) de vice, mas reforçam que a palavra final caberá a Bolsonaro. Enquanto isso, segue sem previsão a retomada do contato entre o governador e o ministro do STF.
