
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta (24) que Donald Trump está “mal informado” e com “informações equivocadas” sobre o Brasil. Após um rápido cumprimento nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, Lula disse esperar uma nova conversa para “explicar o que ocorre no país” e “saber qual é o problema com relação ao Brasil”.
Segundo o petista, “aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível” com a abertura de um canal direto. Ele relatou ter ouvido do republicano que “pintou uma química” entre os dois. “Acredito que 80% de uma boa relação é química e 20% é emoção”, disse, ao avaliar que não há razão para conflitos entre Brasil e Estados Unidos.
O contato ocorre no contexto de medidas de Washington contra o Brasil — tarifas sobre importações e sanções a autoridades, inclusive a inclusão de Viviane Barci de Moraes na Lei Magnitsky e restrições de vistos. No púlpito da ONU, Lula criticou as ações, classificando-as como ameaça à soberania, e fez sucessivas referências à defesa da democracia.
Lula afirmou ter “interesse” em continuar o diálogo “logo”, sem cravar formato ou data. Aliados admitem apreensão com uma eventual cena pública de pressão por parte de Trump, mas o presidente minimizou a hipótese. “Não existe espaço para brincadeiras entre dois homens de 80 anos”, afirmou.
