A PBS, rede pública de televisão dos EUA que entrevistou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 2ª feira (22), enfrenta incerteza após o governo Donald Trump emplacar no Congresso o corte de US$ 1,1 bilhão destinados à Corporation for Public Broadcasting (CPB) para 2026 e 2027. Sem esses recursos, a CPB — entidade sem fins lucrativos criada em 1967 para financiar emissoras públicas — anunciou que encerrará a maior parte das operações em 30 de setembro de 2025 por falta de verbas.
A medida atinge diretamente a PBS e a NPR (rede pública de rádio), que dependem do orçamento federal repassado via CPB e o complementam com taxas de afiliadas, doações privadas e royalties de conteúdo. A direção das redes projeta redução de programação, cortes de pessoal e risco de fechamento em afiliadas menores já a partir de 2026.
Críticas de Trump e de parlamentares republicanos à mídia pública vêm desde janeiro de 2025. Para eles, a programação da PBS e da NPR promoveria pautas de esquerda e costumes liberais, o que consideram inadequado para financiamento com dinheiro do contribuinte. As emissoras afirmam ter independência editorial e caráter educativo e cultural.
A PBS opera como central de produção e distribuição para estações locais independentes. O portfólio inclui jornalismo investigativo e séries reconhecidas internacionalmente, além de marcas históricas como “Sesame Street” (“Vila Sésamo”, no Brasil).
