Policiais militares (PMs) agrediram um pintor durante uma averiguação de festa com som alto em Abadia de Goiás, na noite de sábado (20/9). O homem precisou ser internado após ser atingido com golpes de cassetete no espaço de eventos onde ele e familiares comemoravam o aniversário da esposa. A corregedoria da corporação abrirá um inquérito para apurar a postura dos agentes.

Vídeos gravados por testemunhas registraram o momento em que policiais militares, acompanhados de guardas municipais, entraram no espaço, no final da noite. Após uma acalorada discussão, o pintor, que havia reservado o espaço teria se negado a entregar uma caixa de som aos agentes, foi atingido no rosto por um spray de pimenta, aplicado por um PM.

Na sequência, ele foi cercado por policiais e guardas, e após arremessar algo contra eles, é agredido várias vezes, inclusive depois de cair no chão. Após ser algemado, ele foi conduzido à delegacia, mas diante dos vários ferimentos, precisou ser encaminhado ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), onde segue internado com o braço fraturado, cortes na cabeça e rosto, entre outros hematomas pelo corpo.

A família do pintor afirmou que ele foi agredido porque, mesmo após já ter abaixado o som, se negou a entregar o aparelho de som aos policiais. Por meio de nota, a PM disse que a corregedoria da corporação determinou a instauração de um inquérito para apurar a conduta dos policiais envolvidos.

“A Polícia Militar do Estado de Goiás informa que a ocorrência registrada no município de Abadia de Goiás teve início após denúncia de som em volume excessivo em um imóvel, causando perturbação do sossego.

Durante a intervenção policial, juntamente com os demais órgãos de fiscalização municipal, diante do descumprimento das determinações legais, foi necessária a contenção de um indivíduo.

Por determinação do Corregedor da Corporação, será instaurado procedimento administrativo para apurar a conduta dos policiais envolvidos.

A PMGO reforça seu compromisso com a legalidade, a ética e a transparência no serviço público”.