O Partido dos Trabalhadores (PT) ingressou com duas ações judiciais contra o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, por calúnia, difamação e danos morais. O motivo são declarações feitas pelo dirigente em um evento realizado em Itu (SP), no último dia 13 de setembro, nas quais atribuiu ao PT responsabilidade pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

A primeira ação, de natureza criminal, tramita na 6ª Vara Criminal de Brasília. Segundo o PT, as falas de Valdemar não configuram mera crítica política, mas sim “difamação consciente e dolosa, com a clara finalidade de abalar a imagem pública do Partido dos Trabalhadores”. Na avaliação da legenda, a declaração foi feita em meio a uma “disputa de narrativas” e logo após a condenação de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, buscando reescrever de forma falaciosa os acontecimentos do 8 de Janeiro.

Paralelamente, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também ingressou com uma ação cível, na 5ª Vara Cível de Brasília, pedindo indenização de R$ 30 mil por danos morais. No processo, o PT afirma que houve “dano moral ocasionado à honra objetiva” da legenda ao ser associada a uma tentativa de golpe de Estado.

Três dias após o episódio em Itu, Valdemar Costa Neto recuou. Em nova declaração, admitiu que “errou” ao afirmar que houve planejamento para um golpe, embora tenha alegado que o plano não teria sido executado. O presidente do PL ainda pediu “desculpas” a representantes da direita, mas não se retratou diretamente com o PT.