
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em prisão domiciliar, foi internado na tarde desta terça-feira (16) no Hospital DF Star, em Brasília, após apresentar queda de pressão arterial, crise de soluços, vômitos e queixas de fortes dores. O traslado até a unidade hospitalar foi acompanhado por um comboio da Polícia Penal do Distrito Federal e por um helicóptero da segurança pública.Viagem a Brasília
Segundo o médico Cláudio Birolini, responsável por parte da equipe que acompanha o ex-presidente, o quadro exigiu “avaliação clínica, medidas terapêuticas e exames complementares”. Bolsonaro chegou à unidade hospitalar acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Mais cedo, a defesa do ex-presidente havia apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório médico sobre exames realizados no fim de semana. O documento apontava anemia por deficiência de ferro e indícios de pneumonia recente por broncoaspiração, revelada por tomografia de tórax.
Além disso, os médicos informaram que foram retiradas oito lesões de pele na região do tronco e do braço direito. Também foi realizada a reposição intravenosa de ferro e foram mantidas medidas terapêuticas para o controle de hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico e ações preventivas para novos episódios de broncoaspiração.
A internação ocorre um dia após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinar que a Polícia Penal do DF apresentasse um relatório detalhado sobre a condução de Bolsonaro ao mesmo hospital no último domingo (14). O magistrado questionou, entre outros pontos, a ausência de retorno imediato à residência do ex-presidente, como determina o regime de prisão domiciliar. Também foram solicitados os nomes dos agentes responsáveis pela escolta e informações sobre o veículo utilizado.
O estado de saúde do ex-presidente tem sido motivo de preocupação entre aliados. Segundo o médico Cláudio Birolini, Bolsonaro encontra-se em um quadro clínico fragilizado, com alimentação inadequada e necessidade de cuidados contínuos.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por ordem do STF no âmbito do processo que o condenou a 27 anos de prisão por participação em tentativa de golpe de Estado. Além disso, ele está proibido de conceder entrevistas ou declarações públicas e de utilizar redes sociais, por determinação judicial.
