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Condenação de Bolsonaro acende alerta: Brasil pode perder acordos com os EUA e cair nas mãos da China
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 15/09/2025 13:13
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A crise política que envolve a condenação de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal não pode ser analisada apenas pelo prisma interno. Ela coloca em xeque uma relação histórica que o Brasil construiu com os Estados Unidos desde sua independência. Em 1824, os EUA foram o primeiro país a reconhecer oficialmente a independência brasileira, apenas dois anos após o 7 de Setembro. Esse gesto abriu caminho para tratados comerciais e consolidou o Brasil como um Estado soberano perante a comunidade internacional. Poucos anos depois, em 1828, foi firmado o Tratado de Comércio e Navegação, que só foi possível porque Washington via o Brasil como um país livre e independente — condição indispensável para negócios e parcerias.

 

Esse precedente histórico ganha peso no cenário atual. Os EUA não ignoram a condenação de Bolsonaro, mas não somente por afinidade ideológica com o ex-presidente. O real interesse é impedir que o Brasil, maior produtor de alimentos do mundo, caia definitivamente sob a órbita da China. Para Washington, perder o Brasil nesse tabuleiro significaria fragilizar sua própria segurança alimentar e perder a influência ocidental na América do Sul.

 

 

O problema é que Lula parece não ter interesse em preservar esse vínculo estratégico. Ao não negociar com Donald Trump para aliviar tarifas e barreiras comerciais, o governo sinaliza que prefere enfraquecer o setor produtivo e aumentar a dependência da população em relação ao Estado. Uma economia fragilizada desestimula o investimento estrangeiro, acelera a fuga de bilionários e compromete o agronegócio, que deixa de ter estímulo para produzir sem acesso ao mercado americano e sem remuneração em dólar.

 

Trump já afirmou publicamente que este não é um bom momento para investir no Brasil, reforçando a percepção internacional de que o país não oferece segurança jurídica nem estabilidade política. Para os EUA, que prezam pela liberdade individual e por democracias sólidas, não há espaço para parcerias robustas com governos que caminham em direção ao autoritarismo. A lógica é clara desde o século XIX: só há comércio e fortalecimento mútuo quando o Brasil se mantém livre e soberano.

 

Diante disso, cresce a possibilidade de que Washington intensifique seus canais de diálogo com setores estratégicos brasileiros, inclusive as Forças Armadas, para assegurar que o país não se afaste de sua tradição de liberdade. Mais do que uma questão comercial, trata-se da preservação de uma parceria histórica e de um equilíbrio geopolítico que pode definir o futuro da região.

 

 

O Brasil, hoje, está diante do mesmo dilema de 1824: ser reconhecido como um Estado independente e livre — condição para prosperar em parceria com os EUA — ou caminhar para a dependência e isolamento sob regimes que não exigem liberdade em troca de negócios, como a China.

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