
Integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da cúpula do partido afirmaram não ter se surpreendido com o voto do ministro Luiz Fux no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quarta-feira (10), na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Auxiliares do Planalto, no entanto, criticaram a postura do magistrado. Sob reserva, um ministro avaliou que Fux “jogou para a plateia” e transformou a leitura do voto em um “comício”.
“Já se esperava um show. Um voto totalmente incoerente com o próprio entendimento e com a atuação dele nesse processo. Ele está fazendo comício”, disse a fonte.
Outros assessores destacaram que a posição do ministro “não causou espanto em ninguém” e que o governo já antecipava um voto favorável a Bolsonaro e aos demais réus.
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), reforçou a avaliação. Ao chegar ao STF, afirmou que “todos já esperavam esse voto do ministro”. E completou: “Voto previsível, ninguém está surpreso”.
No julgamento, Fux acolheu diversos pedidos preliminares das defesas, incluindo o de incompetência da Corte e da Primeira Turma para julgar o caso.
O ministro foi o terceiro a se manifestar na ação que apura a suposta trama golpista. Até agora, o placar está em 2 a 0 pela condenação do ex-presidente, com votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
