
O voto do ministro Luiz Fux no julgamento de Jair Bolsonaro não foi apenas uma divergência técnica: foi uma denúncia institucional que expôs a fragilidade da Suprema Corte e colocou o Brasil sob risco de humilhação diplomática.
Ao declarar a incompetência do STF para julgar Bolsonaro e pedir a anulação do processo, Fux desmontou a narrativa de Alexandre de Moraes e Lula, que tentavam sustentar a tese de “golpe de Estado” a qualquer custo. O ministro foi direto: os acusados não têm foro, não cabe ao Supremo conduzir o processo, e a acusação de “organização criminosa” foi esticada ao limite da legalidade para justificar um julgamento político.Emendas associativas no INSS
A contundência do voto de Fux, no entanto, vai além do impacto interno. Ele transformou o processo contra Bolsonaro em questão internacional. Ao citar o Pacto de São José da Costa Rica e denunciar a violação de garantias constitucionais básicas, o ministro abriu a porta para que cortes estrangeiras e organismos multilaterais examinem a atuação do STF. É a primeira vez que um voto de dentro da própria Corte legitima a tese de lawfare — e isso terá consequências.
O que Moraes e Lula não calcularam é que, ao insistirem em conduzir um julgamento com traços evidentes de perseguição política, colocaram a credibilidade da mais alta corte brasileira sob suspeita global. Em um cenário em que o Brasil já figura nas últimas posições do ranking internacional de imparcialidade da Justiça criminal — superando apenas regimes autoritários como a Venezuela —, a crítica de Fux ecoa como um alerta devastador: o STF corre o risco de ser reconhecido como um tribunal de exceção.Emendas associativas no INSS
As repercussões diplomáticas são inevitáveis. A defesa de Bolsonaro já encontrou no voto de Fux munição para acionar organismos internacionais, reforçada pela pressão explícita de Washington sob o governo Trump. Se cortes internacionais derem razão a esse entendimento, não será apenas o processo contra Bolsonaro que cairá: a imagem do STF como guardião da Constituição ficará manchada de forma irreversível.
Ao tentar esmagar Bolsonaro a qualquer custo, Lula e Moraes acabaram por expor o Brasil ao vexame de ver sua Suprema Corte julgada fora de suas fronteiras. O voto de Fux não apenas desmonta uma farsa jurídica — ele internacionaliza a crise e anuncia o risco de isolamento institucional de um país que já convive com a erosão da confiança em sua Justiça.
O STF está na mira do mundo. E isso é responsabilidade direta de quem, no afã de perseguir adversários políticos, rasgou a Constituição e transformou o Judiciário em palco de comício.
