Offline
MENU
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/9f22fe65968d79b6f45efc1523e4c4aa.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/80a574611830c0240c40e4d3d91929b3.png
Morte de filho de casal incestuoso: como corpo foi descoberto após 24 horas no sofá
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 06/09/2025 08:53
Últimas Notícias

 

A morte de uma criança de 2 anos em Paulista, no Grande Recife, segue sob investigação da Polícia Civil. Segundo o Conselho Tutelar, o menino teve uma convulsão e passou 24 horas morto no sofá da casa onde morava com os pais, que são irmãos e mantêm um relacionamento incestuoso (veja vídeo acima).

 

Embora não seja tipificado como crime no Brasil, o incesto é fortemente condenado pela medicina por conta dos riscos de má formação congênita. Além do garoto, o casal tem uma filha de 9 meses, que foi encaminhada para uma casa de acolhimento. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

 

 

✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE

O caso aconteceu no domingo (31), na comunidade de Asa Branca. Porém, o corpo do menino só foi descoberto na segunda-feira (1º) por um vizinho. De acordo com o Conselho Tutelar, ao perceber que a criança tinha morrido dentro de casa, ele chamou a Polícia Militar.

 

Um efetivo foi ao local ainda na manhã da segunda, mas a residência estava fechada e ninguém atendeu. Ainda segundo o Conselho Tutelar, foi somente à tarde, quando o pai da criança soube que os policiais tinham estado lá, que ele ligou para a PM e falou sobre o corpo do menino.

 

A polícia, então, voltou à residência e isolou o imóvel para a retirada do corpo e a chegada da perícia. Também foram acionados a Polícia Civil e o Conselho Tutelar, que chegou ao local por volta das 21h.

 

A Polícia Civil afirmou que o caso foi registrado pela Força-Tarefa de Homicídios Metropolitana Norte como "morte a esclarecer, sem indício de crime".

 

Os pais da criança foram encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Após prestar depoimentos, ambos foram liberados.

 

Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife — Foto: Artur Ferraz/g1

Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife — Foto: Artur Ferraz/g1

 

 

"Eles não sabiam o que fazer"

Ao g1, a conselheira tutelar Claudia Roberta disse que, apesar de morarem perto de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), os pais não souberam explicar por que não socorreram o menino. Os irmãos têm 18 e 24 anos.

 

"O menino convulsionou, eles não sabiam o que fazer, tentaram reanimar, mas não conseguiram. Aí eu perguntei: 'Chamaram socorro, chamaram Samu, levaram para UPA?' Não. Mas também não falaram mais nada. Saíram [de casa], voltaram e o menino no sofá", contou.

 

De acordo com a conselheira tutelar, os vizinhos contaram que o casal era negligente com os filhos.

 

"Quando a gente entrou, a população toda estava lá. Muita gente. Foi nítida a negligência que os vizinhos informaram que esses pais faziam com as crianças. [Os pais] estavam sentados, porque tinha muita polícia, porque queriam linchar eles no local", disse.

 

A criança que morreu já tinha sido acolhida pelo Conselho Tutelar uma vez, quando o casal morava no bairro de Varadouro, em Olinda, cidade vizinha a Paulista. No entanto, o juiz decidiu devolver a criança ao pai e à mãe.

 

Já a bebê de 9 meses não apresentava sinais de maus-tratos, segundo Claudia Roberta. De acordo com a conselheira tutelar, caso os avós queiram assumir a guarda da menina, vão precisar de uma ordem judicial da Vara da Infância determinando que ela saia da unidade de acolhimento e volte para a família.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!