
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) retoma nesta sexta-feira (5) as negociações com o governo federal sobre reajuste salarial. O encontro ocorre dois dias após a categoria rejeitar, em assembleia, a proposta do Executivo que previa aumento de 18,9%, dividido em duas parcelas, até 2026.
A reunião está marcada para as 10h, no bloco C da Esplanada dos Ministérios, com participação de representantes de delegados, peritos, agentes e escrivães. Eles devem se reunir com equipes do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência.
No período da tarde, às 15h, no mesmo local, será a vez da Polícia Militar do DF (PMDF) e do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) apresentarem suas reivindicações.
Esta será a quarta rodada de negociações entre governo federal e forças de segurança do DF. O processo, apelidado de “fóruns de diálogos”, vem sendo conduzido com a participação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e das ministras Gleisi Hoffmann (SRI) e Esther Dweck (MGI). A articulação política envolve também a senadora Leila do Vôlei (PDT-DF) e a deputada federal Érika Kokay (PT-DF).
A principal demanda dos policiais civis é alcançar paridade salarial com a Polícia Federal (PF). O reajuste de 18,9% proposto pelo governo, a ser pago em duas parcelas — uma em 2025 e outra em 2026 —, foi considerado insuficiente.
Na última terça-feira (3), assembleias convocadas pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) e pelo Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo) rejeitaram por unanimidade a proposta. Mais de 1,3 mil servidores participaram da decisão.
Com a negociação em aberto, a expectativa é de que a pressão da categoria aumente, em um cenário que envolve não apenas questões salariais, mas também a definição do papel das forças de segurança locais em relação à União.
