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Ministro da Agricultura foge da Expointer e agrava distanciamento do governo Lula com o agro
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 05/09/2025 12:40
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Na maior vitrine do agronegócio brasileiro, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, simplesmente não apareceu. A Expointer 2025, realizada em Esteio (RS), esperava o chefe da pasta em um momento de crise histórica no campo gaúcho. O que recebeu foi silêncio. Para os produtores, não foi ausência: foi fuga.

 

A feira, símbolo nacional da força agropecuária, reuniu lideranças e agricultores que aguardavam explicações sobre a falta de apoio federal diante de perdas bilionárias provocadas por secas e enchentes. O ministro, no entanto, preferiu se esconder — repetindo a mesma postura da Expodireto, também no Rio Grande do Sul, quando ignorou o evento.

 

 

O vice-governador Gabriel Souza (MDB) foi direto: a ausência mostra o desinteresse de Brasília por um setor que responde por boa parte do PIB nacional. Em um estado que perdeu 50 milhões de toneladas de grãos entre 2020 e 2024, equivalente a R$ 106,6 bilhões, o vazio deixado pelo ministro soou como desprezo.

 

Enquanto os produtores acumulam R$ 28 bilhões em dívidas que vencem já em 2025, o governo federal segue sem apresentar um plano de securitização. O seguro rural, promessa antiga, continua engavetado. A mensagem passada na Expointer é cristalina: cada agricultor que se vire como puder.

 

A Expointer, mais antiga e importante feira do agro brasileiro, é tradicionalmente espaço de diálogo entre governo e produtores. Neste ano, transformou-se em palco de frustração. O ministro que deveria ouvir, explicar e propor caminhos preferiu a rota da fuga.

 

 

No campo, a percepção é única: quem deveria estar ao lado do produtor se ausenta justamente quando o agro mais precisa. A Expointer 2025 ficará marcada não pelos negócios fechados, mas pela ausência que gritou mais alto do que qualquer discurso.

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