
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, afirmou nesta segunda-feira, 1º, que os Estados Unidos têm 4,2 mil soldados “treinados, prontos e preparados para invadir” o território venezuelano. A declaração foi feita em reunião virtual de emergência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), convocada pela Colômbia.
Segundo Gil, Washington concentrou oito navios militares com mais de 1,2 mil mísseis perto da costa venezuelana, além de deslocar um submarino nuclear para o sul do Mar do Caribe.
A Casa Branca afirma que a operação busca combater o tráfico de drogas, impedindo que carregamentos cheguem aos EUA. O chanceler venezuelano, no entanto, classificou a justificativa como “desculpa falsa” e acusou os norte-americanos de tentarem desestabilizar a região. “Qualquer conflito armado contra a Venezuela, usando um falso pretexto como o tráfico de drogas, significaria uma desestabilização completa de toda a região”, declarou.
No mês passado, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que os EUA estão prontos para usar “todo o poder americano” contra traficantes ligados ao regime de Nicolás Maduro.
No dia 7, o governo Trump anunciou o dobro da recompensa por informações que levem à captura de Maduro, elevando o valor para US$ 50 milhões. A procuradora-geral Pam Bondi afirmou que o ditador venezuelano mantém laços com as gangues Tren de Aragua e Cartel de Los Soles, além do Cartel de Sinaloa, no México. Segundo Washington, Maduro seria “um dos maiores traficantes de drogas do mundo”.
