
A Polícia Federal indiciou o jornalista Allan dos Santos, radicado nos Estados Unidos, por supostos crimes de difamação, injúria, desobediência e incitação ao crime. O relatório final foi encaminhado nesta quarta-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Relator do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em até 15 dias sobre a possibilidade de oferecer denúncia.
Segundo a investigação, Allan dos Santos teria criado perfis falsos na internet para disseminar ataques a adversários políticos ligados à esquerda. Entre os episódios citados, está a divulgação de mensagens forjadas, que atribuíam à jornalista Juliana Dal Piva uma suposta confissão sobre planos para prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A PF afirma ainda que o jornalista ofendeu Dal Piva em redes sociais e em seu site, com agravante de que as ofensas ocorreram em ambiente digital, o que aumenta a pena prevista.
O relatório aponta também desobediência a decisões judiciais, já que Santos teria usado perfis falsos para burlar bloqueios e republicar conteúdos proibidos pelo STF. As postagens, segundo a PF, propagaram teorias conspiratórias, questionaram o sistema eleitoral e atacaram autoridades.
No X (antigo Twitter), Allan ironizou o indiciamento:
“Avisem à PF que a distância daqui para aí é a mesma daí pra cá. Estou ocupado e sem vontade alguma de ir ao Brasil”, escreveu.
