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Planalto e Haddad entram em rota de colisão após votação surpresa sobre IOF na Câmara
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 26/06/2025 13:05
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A inesperada decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar nesta quarta-feira (25) a votação do projeto que derruba o decreto do IOF expôs fissuras na articulação do governo e desencadeou uma troca de farpas entre alas do Palácio do Planalto e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

 

A Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política, atribuiu a Motta uma retaliação direta a Haddad, em razão de críticas feitas pelo ministro à proposta de aumento do número de deputados, de 513 para 531. A fala de Haddad ocorreu em entrevista à TV Record, na noite anterior à decisão da Câmara. “Nenhum aumento de gasto é bem-vindo”, afirmou o ministro.

 

 

A declaração desagradou líderes parlamentares e, segundo interlocutores da SRI, teria sido o estopim para o recuo súbito da base governista no apoio ao decreto do IOF. Um assessor palaciano ironizou: “Ele tem que ser bombeiro, não incendiário”.

 

Haddad reagiu prontamente, afirmando que a correlação feita entre sua fala e a movimentação de Motta “não faz sentido”. “Falei que não devíamos contratar novos gastos com a Selic a 15%. Nenhum”, justificou o chefe da equipe econômica.

 

Em paralelo, a ministra Gleisi Hoffmann (PT), ministra da SRI, divulgou nota oficial para desautorizar os comentários atribuídos a membros da sua equipe. O ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, também negou que haja qualquer orientação oficial do Planalto responsabilizando Haddad.

 

 

Nos bastidores, no entanto, a irritação persiste. Segundo aliados de Motta, o desconforto com o ministro da Fazenda remonta a um jantar do grupo Prerrogativas, em 13 de junho, onde Haddad teria feito críticas ao presidente da Câmara — o que o ministro nega.

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