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EUA emitem sinais de possível entrada no conflito Irã-Israel
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 18/06/2025 12:45
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O mundo acompanha com atenção os desdobramentos no Oriente Médio após os EUA emitirem sinais de possível entrada no conflito Irã-Israel, que se intensificou nos últimos dias. Advertências públicas do presidente Donald Trump e o envio de equipamentos militares para a região aumentam as especulações sobre uma possível participação americana na ofensiva de Israel contra o Irã.

 

 

Logo após Israel iniciar ataques contra o Irã na sexta-feira (13/6), os Estados Unidos tentaram se desvincular da operação, alegando que os bombardeios eram uma decisão “unilateral” dos israelenses. Na ocasião, o secretário de Estado, Marco Rubio, defendeu a diplomacia, e Trump reafirmou a confiança nas negociações nucleares em andamento com Teerã.

 

Ataque do Irã é visto de avião comercial saudita; assista ao vídeo

Mas essa postura começou a mudar rapidamente. Na terça-feira (17/6), Trump usou suas redes sociais para fazer uma ameaça direta, dizendo que os EUA sabem exatamente onde está o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei. “Ele é um alvo fácil… mas não vamos tirá-lo de lá, pelo menos não por enquanto”, escreveu.

 

O tom mais agressivo fortaleceu os indícios de que os Estados Unidos consideram intervir diretamente no conflito. A situação se agravou quando Trump deixou, de forma abrupta, a cúpula do G7, no Canadá, para se reunir com seu Conselho de Segurança Nacional. A bordo do Air Force One, afirmou: “Não estou com muita vontade de negociar com o Irã”.

 

 

Enquanto Israel pressiona por mais apoio, autoridades americanas admitem que uma das opções seria o uso das chamadas “destruidoras de bunkers”, bombas de altíssimo poder capazes de atingir instalações nucleares subterrâneas, como a de Fordo, no Irã.

 

O vice-presidente americano, J.D. Vance, também reforçou os rumores. Em postagem na rede X, afirmou que Trump “pode decidir que precisa tomar medidas adicionais para acabar com o enriquecimento de urânio do Irã”. Segundo fontes do jornal The New York Times, uma das estratégias em análise inclui fornecer aviões-tanque para que caças israelenses consigam realizar missões de longo alcance.

 

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Em meio à tensão, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, alertou que qualquer intervenção dos EUA seria “uma receita para guerra total na região”. Mesmo assim, ele não descartou uma saída diplomática: “A diplomacia nunca acaba”, disse à Al Jazeera.

 

 

Sinais práticos de movimentação militar confirmam que os EUA emitem sinais de possível entrada no conflito Irã-Israel. O governo americano ordenou o redirecionamento do porta-aviões USS Nimitz, que estava no Mar da China Meridional, para o Oriente Médio. Além disso, o USS Carl Vinson e outros quatro navios de guerra estão no Mar da Arábia, preparados para proteger Israel e bases americanas na região.

 

Trump também deixou claro nas redes sociais que os Estados Unidos agora têm “controle total dos céus do Irã”, exaltando a superioridade do equipamento militar americano. Dados da Aurora Intel mostram que aeronaves de reabastecimento e caças foram deslocados para pontos estratégicos na Europa, como Inglaterra, Espanha, Alemanha e Grécia.

 

Atualmente, há cerca de 40 mil soldados americanos posicionados no Oriente Médio, todos em alerta máximo. Esse número havia aumentado para 43 mil em outubro, quando os ataques no Mar Vermelho, atribuídos a grupos houtis apoiados pelo Irã, também elevaram a tensão na região.

 

 

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Enquanto isso, o confronto direto entre Irã e Israel já deixa centenas de mortos. Explosões foram registradas em Isfahan, cidade iraniana que abriga instalações nucleares, além de ataques a áreas residenciais em ambos os países. Israel afirma ter eliminado generais iranianos e cientistas ligados ao programa nuclear. Por outro lado, Teerã acusa Israel de ter matado pelo menos 224 pessoas, incluindo civis.

 

A crise inviabilizou negociações nucleares em curso, e o presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo, afirmando que Trump tem papel essencial na retomada do diálogo, mas alertou que qualquer tentativa de mudança de regime no Irã pode levar ao “caos”.

 

Em meio à escalada, o embaixador iraniano na ONU, Ali Bahreini, fez um alerta direto nesta quarta-feira (18): “Se os EUA se envolverem diretamente ao lado de Israel, responderemos com firmeza, sem hesitação e sem moderação”. Ele acrescentou que o Irã não aceitará nenhuma agressão, nem de Israel, nem dos Estados Unidos.

 

Apesar de negar oficialmente qualquer participação direta nos bombardeios, os EUA emitem sinais de possível entrada no conflito Irã-Israel, o que pode transformar a guerra em uma crise internacional de proporções ainda maiores.

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