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Após reunião de ministros com Motta, governo Lula libera R$ 336 mi em emendas
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 17/06/2025 13:56
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Após reunião com líderes do Congresso, o governo Lula liberou R$ 336 milhões em emendas parlamentares na última semana, em uma tentativa de amenizar a crise política com o Legislativo. O valor representa apenas 5,3% do total de R$ 6,3 bilhões já autorizados para 2025, segundo levantamento feito pelo portal Metrópoles.

 

A liberação ocorreu após encontro entre os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), realizado na semana passada. A ação foi interpretada como um movimento emergencial para conter o desgaste nas relações entre o Executivo e o Congresso, agravado pela falta de repasses.

 

 

Embora o montante liberado represente um avanço, o saldo geral ainda é considerado baixo. Para 2025, o Orçamento prevê R$ 50,38 bilhões em emendas parlamentares. Até agora, o governo pagou apenas 12,6% desse total, mesmo já tendo iniciado o segundo semestre legislativo. O atraso é atribuído à demora na aprovação do Orçamento — que só foi sancionado no fim de março — e à série de embates entre os Três Poderes, incluindo questionamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a transparência desses repasses.

 

A escassez de pagamentos tem gerado reações até mesmo de lideranças da oposição. Segundo o Metrópoles, parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, recorreram a dirigentes petistas para solicitar a liberação de verbas. Na prática, o bloqueio generalizado de emendas tem afetado a capacidade do governo de avançar em sua pauta legislativa.

 

Deputados e senadores apontam a “seca” de emendas como uma das principais razões para o ambiente hostil entre o Congresso e o Planalto. A insatisfação levou partidos da base aliada a se alinhar à oposição na tentativa de derrubar o decreto que aumentou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Alguns parlamentares já sinalizaram que também podem votar contra a medida provisória editada por Lula para compensar a perda de arrecadação após o recuo parcial no imposto.

 

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