O presidente nacional do PSDB, ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, se pronunciou por meio de nota enviada à coluna no começo da noite desta sexta-feira (13), sobre a suspensão do processo de fusão com o Podemos. De acordo com ele, o principal entrave foi a falta de consenso em relação ao comando da nova legenda.

“A ideia de uma fusão ou incorporação entre PSDB e Podemos neste momento está suspensa por conta de divergências relacionadas ao comando da nova legenda”, afirmou Marconi Perillo.

O processo de fusão vinha sendo negociado há meses, mas as conversas foram encerradas após a presidente do Podemos, deputada federal Renata Abreu, exigir a presidência da futura sigla por um período mínimo de quatro anos.

A avaliação é que hoje, o partido que comanda tem maior estrutura que os tucanos e por isso, tinha respaldo para isso. Já o PSDB propunha uma gestão compartilhada e alternada, com rodízio na presidência nos dois primeiros anos.

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Apesar do desfecho, Marconi reforçou que o PSDB continuará articulando a construção de um projeto político mais amplo. “Seguimos insistindo na ideia de construir uma plataforma política que agrupe o Centro Democrático e apresente ao país uma alternativa de poder”, declarou.

O encerramento das negociações já havia sido antecipado por outras lideranças tucanas, como o deputado federal Aécio Neves, que também lamentou o impasse. Antes da ruptura, o PSDB havia avançado nas etapas formais para viabilizar a fusão, incluindo aprovação em convenção e definição de nome e programa da nova legenda. Contudo, desde a convenção, a relação estremeceu. 

O PSDB tratou o assunto como “incorporação” o que incomodou a cúpula do partido (quase aliado). Na prática, o Podemos deixaria de existir os quadros seriam incorporados ao ninho tucano, o que não agradou parcela significativa da cúpula do partido presidido pelo deputado federal Glaustin da Fokus em Goiás.