
Preso pela Polícia Federal nesta sexta-feira (13) sob suspeita de tentar facilitar a emissão de um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto afirmou que apenas buscava renovar o documento de seu pai, de 85 anos. A declaração foi feita na chegada ao Instituto Médico Legal, em Recife (PE), onde passou por exame de corpo de delito.
“Não matei, não trafiquei drogas, não tive contato com traficante. Apenas pedi um passaporte para meu pai, por telefone, ao Consulado Português do Recife”, afirmou Machado, numa tentativa de minimizar a gravidade das suspeitas. Segundo ele, o contato se limitou a uma ligação feita em maio, na qual solicitou um agendamento para a renovação do passaporte de seu pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães.
O ex-ministro disse ainda que o pai compareceu pessoalmente ao consulado, acompanhado de outro filho, no dia seguinte à ligação. “Se ele não recebeu [o passaporte], ele está para receber”, acrescentou.
Machado negou veementemente qualquer tentativa de interceder em favor de Mauro Cid. Em nota, declarou: “Reitero que nunca fui a nenhum consulado, inclusive o português em Recife. Apenas fiz contato telefônico pedindo uma agenda para meu pai”. A defesa do ex-ministro ainda não se manifestou oficialmente.
