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EleiçõesPolítica Pesquisa Quaest mostra que 63% acham que Lula perdeu conexão com o povo — percepção atinge até beneficiários do Bolsa Família
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 10/06/2025 12:53
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Uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (10) revela que a percepção de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdeu conexão com a população é majoritária entre os brasileiros. De acordo com o levantamento, 63% dos entrevistados concordam com a afirmação de que Lula “perdeu a conexão com o povo”, enquanto 33% discordam. Outros 4% não souberam ou preferiram não responder.

 

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas presencialmente em todos os estados do país entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

 

 

Os números acendem um alerta no Planalto: mesmo entre públicos historicamente ligados ao petismo, como os beneficiários do Bolsa Família e os nordestinos, a maioria compartilha da mesma visão. Entre os que recebem o programa social, 59% disseram acreditar que Lula está desconectado. No Nordeste, região que deu a ele sua maior vantagem eleitoral em 2022, 54% têm essa impressão.

 

Entre os evangélicos, o índice é ainda mais alto: 71%. Na faixa etária de 16 a 34 anos, o grupo que mais cresceu no eleitorado nas últimas eleições, 68% também avaliam que o presidente se afastou do povo.

 

Os dados reforçam uma tendência detectada em pesquisas anteriores: Lula tem enfrentado dificuldade de comunicação com setores que formaram a base de sua força eleitoral histórica — sobretudo os mais pobres e os mais jovens, que hoje demonstram inclinação maior a pautas da direita.

 

 

A erosão simbólica do vínculo de Lula com a população — elemento central de sua imagem política — pode ter efeitos diretos sobre a capacidade de mobilização social e sustentação popular do governo nos próximos meses.

 

A pesquisa não detalha quais fatores os entrevistados associam a essa “desconexão”, mas analistas apontam o alto custo de vida, a frustração com a lentidão em promessas sociais, e a falta de renovação no discurso político do presidente como possíveis explicações para o resultado.

 

 

O Planalto ainda não se manifestou oficialmente sobre o levantamento. Nos bastidores, auxiliares admitem preocupação com a dificuldade do governo em dialogar com as “novas periferias” — segmentos urbanos, religiosos e jovens que já foram redutos do lulismo, mas que têm migrado para a oposição.

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