O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de Ronald Paulo Alves Pereira e Robson Calixto Fonseca, o “Peixe”, acusados de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada no âmbito da Ação Penal 2434, que tramita na Primeira Turma da Corte.

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Segundo Moraes, a gravidade das condutas, o risco à ordem pública e à aplicação da lei penal justificam a continuidade das prisões. Ele afirmou que não houve alteração no cenário processual desde a última análise do caso, como prevê o artigo 316 do Código de Processo Penal, e que os elementos apresentados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sustentam a manutenção das detenções.

De acordo com a PGR, Ronald Pereira, ex-oficial da PM, é acusado de ter monitorado os deslocamentos de Marielle e repassado sua agenda aos autores da execução. Já Robson Fonseca, apontado como elo entre os mandantes e executores, atuaria também na gestão de negócios imobiliários ilícitos ligados à organização criminosa. Ambos, segundo o Ministério Público, representam ameaça concreta de retomada das atividades criminosas caso sejam soltos.