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Governo Lula prepara dossiê que supostamente liga Bolsonaro à fraude do INSS
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 07/05/2025 13:28
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A oposição decidiu adiar para a próxima semana o protocolo de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Enquanto isso, o governo Lula se movimenta para desviar o foco das acusações, articulando uma estratégia que tenta atribuir a responsabilidade pelas irregularidades à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Segundo informações obtidas junto a técnicos de lideranças governistas, está sendo preparado um dossiê que supostamente liga integrantes da Secretaria de Previdência Social e do INSS, durante o governo Bolsonaro, à criação de entidades atualmente sob investigação da Polícia Federal.

 

 

De acordo com os documentos reunidos, o governo anterior teria permitido que associações firmassem acordos com o INSS sem a devida validação dos descontos aplicados nas aposentadorias, postergando os procedimentos de checagem para 2023 — já durante a nova administração.

 

Entre as entidades citadas no levantamento está a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), que em 2021, durante a assinatura de um acordo de cooperação com o INSS, contava com apenas três filiados. Pouco depois, a associação viu seu número de associados saltar para mais de 600 mil, aumentando seu faturamento de R$ 135 para cerca de R$ 30 milhões por mês. A Ambec nega qualquer prática irregular, mas figura na lista de investigações conduzidas pela Polícia Federal.

 

O material elaborado por líderes do governo Lula inclui um organograma que conecta servidores da Previdência na gestão Bolsonaro à facilitação de criação dessas associações. A expectativa é de que o dossiê seja usado como instrumento de defesa política caso a CPMI avance, reforçando a estratégia do governo de deslocar a responsabilidade sobre a crise do INSS.

 

 

A decisão de adiar o protocolo da CPMI atende a uma avaliação da oposição de que é preciso ampliar o número de assinaturas e construir uma base de apoio mais sólida para garantir a instalação da comissão. O temor é que o governo consiga neutralizar o impacto político inicial e, com o dossiê, altere o foco da investigação para o governo anterior.

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