
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou profundamente a morte do papa Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21), e decretou luto oficial no Brasil por sete dias. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União como sinal de respeito à figura do pontífice, reconhecida mundialmente por seu papel humanitário, espiritual e político.
“A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo”, declarou Lula em nota oficial e nas redes sociais. “O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos.”
Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, faleceu aos 88 anos às 7h35 no horário local de Roma (2h35 em Brasília). Segundo a imprensa italiana, um derrame cerebral é a causa provável da morte, embora o Vaticano ainda não tenha confirmado oficialmente.Tourist attractions
Em seu comunicado, Lula elogiou a atuação do pontífice ao longo de seu papado, especialmente por sua postura em relação aos mais pobres, aos refugiados e aos temas sociais e ambientais. “Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas”, disse o presidente. “Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças.”
O luto oficial determinado por Lula reconhece o status de chefe de Estado do papa e prevê que bandeiras fiquem a meio mastro em todo o território nacional. O decreto afirma: “Em sinal de pesar pelo falecimento de Jorge Mario Bergoglio, Sua Santidade o Papa Francisco, a quem serão tributadas honras fúnebres de Chefe de Estado.”
Ministros do governo também expressaram condolências nas redes sociais. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a atuação do papa durante a pandemia da Covid-19, exaltando seu apoio à vacinação e aos profissionais de saúde. “Papa Francisco, luz eterna. Um grande defensor do acesso gratuito à saúde.”
O chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que “todo o mundo chora a morte do Papa Francisco”, a quem descreveu como “homem simples e de gestos grandiosos”. Já o ministro dos Transportes, Renan Filho, lembrou o papel de Francisco como representante da América Latina. “Nosso compatriota latino-americano que pautou sua vida na construção de uma Igreja mais acolhedora e amorosa.”
O ministro do Turismo, Celso Sabino, definiu o pontífice como um “líder espiritual que marcou o mundo com sua fé, humildade e compromisso com os mais vulneráveis”. Ele concluiu: “Que Deus o receba de braços abertos e conforte o coração de todos que sofrem com essa perda.”
O Vaticano deve divulgar ainda hoje mais detalhes sobre os ritos fúnebres e o início do período conhecido como sé vacante, que antecede o conclave para a escolha do novo papa. Enquanto isso, líderes mundiais continuam a prestar homenagens à figura que redefiniu o papado no século XXI com empatia, firmeza e uma voz inabalável pelos esquecidos do mundo.
