Offline
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/9f22fe65968d79b6f45efc1523e4c4aa.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/80a574611830c0240c40e4d3d91929b3.png
Greve da Receita Federal entra no terceiro mês e gera prejuízos bilionários
Últimas Notícias
Publicado em 29/01/2025

A greve dos auditores fiscais da Receita Federal entrou no terceiro mês, impactando a liberação de mercadorias em portos e aeroportos do país e causando prejuízos bilionários ao comércio internacional. Desde 26 de novembro, o movimento segue a estratégia de operação-padrão, aumentando drasticamente o tempo de despacho de produtos importados e exportados.

 

Empresas do setor estimam que mais de 75 mil remessas estejam paradas, afetando desde eletrônicos até insumos industriais. Em alguns casos, o prazo para liberação de mercadorias superou 30 dias. Produtos essenciais, como medicamentos e cargas vivas, ainda têm prioridade, mas mesmo esses itens passaram a levar até sete dias para serem despachados, ante um prazo anterior de apenas um dia.

 

 

O tamanho do prejuízo financeiro ainda não foi calculado, mas há indícios do impacto. Em uma operação-padrão similar realizada em junho de 2024, a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) estimou perdas de R$ 3,3 bilhões. Além disso, segundo o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (Sindasp), cada dia de atraso onera as empresas em 2,1% no custo da mercadoria.

 

Os julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) também foram afetados. Com os auditores retirando pautas de votação das sessões virtuais, processos fiscais que somam R$ 51 bilhões estão parados, prejudicando a arrecadação do governo e a resolução de litígios tributários de empresas.

 

 

O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) afirma que a greve é consequência do descumprimento de um acordo fechado no ano passado com o governo. O acordo previa a instalação de mesas de negociação até julho de 2023 para discutir a reestruturação da carreira e reajustes salariais, o que, segundo o sindicato, não ocorreu. Os auditores também alegam que os salários da categoria acumulam perdas inflacionárias desde 2016.

 

Por outro lado, o Ministério da Gestão argumenta que o acordo foi fechado em fevereiro do ano passado e que não há previsão de novas negociações. A pasta reforça que a remuneração total dos auditores, incluindo bônus, pode chegar a R$ 42.700 no topo da carreira.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!