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Bailarino ucraniano que tem o rosto de Putin tatuado decide abandonar a Rússia
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Publicado em 20/12/2024

Um bailarino nascido na Ucrânia e que faz sucesso na Rússia decidiu deixar Moscou. O ucraniano Sergei Polunin, de 35 anos, que tem o rosto de Vladimir Putin tatuado no peito, disse que a sua “alma” não parece estar no lugar certo.

 

Polunin sempre foi visto publicamente como um defensor de Putin, o que o levou a ser chamado de “traidor” por compatriotas após o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. A face de Putin também aparece em tatuagens abaixo dos ombros do bailarino. Ele também tem um tridente estilizado, que é símbolo da Ucrânia, tatuado numa das mãos.

 

“Minha alma não está no seu lugar. Obrigado por tudo que a Rússia fez por mim. Chegou um momento em que minha alma parece não estar onde deveria estar”, postou o bailarino, que já foi comparado aos lendários Rudolf Nurejev e Mikhail Barishnikov, no Instagram. “Meu tempo na Rússia expirou há muito tempo e é como se eu tivesse cumprido minha missão aqui”, acrescentou o ucraniano, que não revelou o seu destino.

 

 

A postagem reforçou as críticas de ucranianos, que acusam Polunin de trair o seu povo ao se pronunciar várias vezes na sua língua nativa para defender Putin e as ações russas na Ucrânia, contou o “Metro”. O bailarino chegou a apoiar anexação da Crimeia, território na Ucrânia, pelas forças russas em 2014, num movimento que levaria à guerra na ex-república soviética, e já foi condecorado por Putin por ajudar a popularizar o balé e participou de campanha pela reeleição do presidente.

 

No meio do ano, Polunin já havia se queixado que se sentia inseguro na Rússia e que estava “sendo seguido”.

 

O ucraniano acumula polêmicas. Em 2019, o Balé da Ópera de Paris (França) retirou o convite para Polunin se apresentar no “O Lago dos Cisnes” após o bailarino postar comentários “homofóbicos”, “sexistas” e “gordofóbicos” nas redes sociais. No mesmo ano, Polunin recebeu também a cidadania russa.

 

Aos 13 anos, o ucraniano ganhou uma bolsa na Royal Ballet School de Londres e se tornou o bailarino principal mais jovem da escola. Em 2012, ele deixou a capital inglesa por uma carreira na Rússia.

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