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Governo Lula libera R$ 7,8 bilhões em emendas antes da votação do Pacote Fiscal no Congresso
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Publicado em 05/12/2024

Às vésperas da análise de projetos cruciais para o pacote de cortes de gastos do governo federal, o Palácio do Planalto solicitou ao Ministério da Fazenda a liberação de R$ 7,8 bilhões em emendas parlamentares. A medida foi oficializada pela Secretaria de Relações Institucionais e destina-se a atender emendas individuais e de bancadas estaduais.

 

A solicitação ocorre após o desbloqueio dos recursos, determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, na última segunda-feira (2). Os valores estavam congelados há mais de três meses devido a questionamentos sobre transparência e rastreabilidade. Agora, a análise cabe ao secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

 

 

De acordo com o documento enviado ao Tesouro, os recursos serão direcionados a ações em oito ministérios, com maior concentração nas pastas de Saúde e Fazenda:

 

Ministério da Saúde: R$ 4,1 bilhões

Ministério da Fazenda: R$ 3,2 bilhões

Ministério da Educação: R$ 177,6 milhões

Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 166,8 milhões

Ministério das Cidades: R$ 129,2 milhões

Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 43,7 milhões

Ministério da Agricultura e Pecuária: R$ 13,4 milhões

Ministério do Turismo: R$ 5 milhões

O governo busca aprovar ainda neste ano um conjunto de propostas prioritárias, entre elas uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e dois projetos de lei voltados à contenção de gastos e revisão de benefícios sociais.

 

 

 

A PEC inclui medidas como:

 

Reajustes no abono salarial;

Alterações nas regras do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica);

Prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2032;

Redefinição da destinação de recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal.

Já os projetos de lei contemplam mudanças no arcabouço fiscal e revisões em benefícios sociais, visando à estabilidade macroeconômica e ao crescimento sustentável.

 

 

Expectativa no Congresso

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pautou a votação das propostas com urgência. A análise do mérito deve ocorrer até o final da semana, o que permitirá ao governo sancionar as medidas antes do recesso parlamentar.

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