O governo Lula analisa a aquisição de um novo avião presidencial ao custo estimado de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,45 bilhão, na cotação atual, segundo publicação do site Poder360. A proposta, apresentada pelo comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, traz duas opções, ambas da Airbus, mas enfrenta o dilema entre urgência e economia em meio às diretrizes de contenção de gastos.
As alternativas incluem um modelo usado, fabricado em 2016, que poderia ser adaptado em menos de um ano para atender às demandas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua comitiva, ou uma aeronave nova, com prazo de entrega estimado em cerca de 18 meses. Ambas as opções possuem o mesmo valor.
O Palácio do Planalto justifica a necessidade de substituir o atual Airbus A319CJ, conhecido como “Aerolula”, por questões técnicas e de autonomia de voo. O avião atual, adquirido em 2005 por US$ 56,7 milhões (equivalente a cerca de R$ 500 milhões hoje), exige escalas técnicas para viagens mais longas, como à China ou Japão, além de enfrentar problemas recorrentes, como os registrados em uma viagem ao México, em outubro.
A exigência do governo é de uma aeronave com capacidade de voar sem interrupções até destinos na Europa ou nos Estados Unidos, além de incluir sala de reuniões, suíte presidencial, internet de alta velocidade e possibilidade de reabastecimento em voo.
A primeira-dama, Janja Lula da Silva, reforçou a urgência da troca em entrevista à CNN Brasil, destacando os riscos associados à utilização de uma aeronave que apresenta falhas constantes. “É uma irresponsabilidade colocar o presidente em um avião com tantos problemas. Precisamos ter mais responsabilidade com o cargo”, afirmou.
Embora a decisão enfrente resistência devido ao impacto orçamentário, fontes ligadas ao Ministério da Defesa apontam que o processo de aquisição está acelerado. Caso aprovado, o novo avião estará disponível antes do término do atual mandato de Lula.