O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, designou nesta quinta-feira (14) o ministro Alexandre de Moraes para relatar o inquérito que investigará Francisco Wanderley Luiz, autor da tentativa de atentado contra o STF ocorrida na noite de quarta-feira (13). A decisão foi baseada na regra de “prevenção”, que atribui casos relacionados a ministros que já conduzem investigações similares. Moraes é responsável pelos inquéritos sobre fake news, milícias digitais e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Mais cedo, Moraes destacou que as explosões em frente ao STF não são “um fato isolado do contexto” e refletem o ambiente de ódio político que se intensificou no país. Na noite de quarta-feira, Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiü França, detonou três explosivos no local, resultando em sua morte. Antes do ataque, um veículo registrado em seu nome foi detonado no estacionamento próximo ao Supremo, levando à evacuação dos ministros e ao isolamento da Praça dos Três Poderes.
Natural de Rio do Sul (SC), Francisco foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020 e morava há três meses em Ceilândia, Distrito Federal. Em resposta ao incidente, a Polícia Civil do Distrito Federal realizou a perícia no local, e a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito tratando o caso como um possível atentado terrorista.
Medidas de segurança foram intensificadas nos palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu diante do risco de novos ataques, enquanto as investigações sobre o ataque seguem em andamento sob a supervisão do ministro Moraes.