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Moraes chama explosões de “ato t3rr0rista” e descarta “mero s*ic1di0”
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Publicado em 16/11/2024

Em uma nova declaração sobre o homem que detonou explosivos próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes classificou o incidente como um “gravíssimo ato terrorista” e criticou aqueles que tentam minimizar o ataque. A fala foi feita no plenário do STF nesta quinta-feira (14), durante sessão de julgamentos, onde Moraes elogiou a atuação da polícia judicial, da Polícia Federal e da Polícia Militar, que impediram o suspeito de entrar no STF e causarem um desastre de maiores proporções.

 

“Não poderia deixar de lamentar a mediocridade de várias pessoas que continuam querendo banalizar um gravíssimo ato terrorista. No mundo todo, alguém que coloca artefatos para explodir pessoas é considerado um terrorista”, afirmou Moraes, em resposta às reações que chamaram o incidente de “mero suicídio”.

 

 

Moraes aproveitou a ocasião para criticar a “normalização” dos ataques às instituições e acusou determinados grupos de promoverem discursos que minam o Estado de Direito. “Essas pessoas não são só negacionistas na área da saúde, são negacionistas do Estado de Direito e devem ser responsabilizadas e serão responsabilizadas”, ressaltou.

 

Pela manhã, o ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por suposta instigação dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, publicou que as explosões foram “um fato isolado, e ao que tudo indica causado por perturbações na saúde mental da pessoa”. Em sua postagem na rede X, Bolsonaro fez um apelo por “pacificação nacional”, discurso frequentemente adotado por políticos aliados para defender a anistia dos presos de janeiro — uma proposta que também pode beneficiar o próprio ex-presidente.

 

 

Moraes, no entanto, reiterou sua posição contra qualquer tipo de anistia para os responsáveis pelos atos violentos. “Só é possível a pacificação do país com a responsabilização dos criminosos, não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos”, afirmou. Para o ministro, “criminoso anistiado é criminoso impune”, e a ausência de punição tem alimentado uma escalada de ataques e agressividade contra o STF e outras instituições.

 

Moraes também ligou o episódio ao “gabinete do ódio”, suposto grupo que teria fomentado discursos de ódio e ataques às instituições democráticas. Sem mencionar Bolsonaro, o ministro sugeriu que pessoas de altos cargos na República podem ter instigado essas ações, criando um ambiente favorável a ataques violentos contra o Judiciário e a democracia.

 

 

Designado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, para conduzir o inquérito das explosões, Moraes declarou que, além do episódio de 8 de janeiro, o ocorrido na quarta-feira (13) é “talvez o atentado mais grave contra o STF”.

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