Pela primeira vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu que está por trás do ataque com pagers contra o Hezbollah que matou quase 40 pessoas, em setembro.
A confissão, de acordo com agências de notícia internacionais, aconeceu durante uma reunião do seu conselho de ministros. Em frente ao corpo ministerial, ele disse que deu a ordem para que o ataque acontecesse.
A declaração foi cofirmada pelo porta-voz do governo israelense, Omer Dostri, à AFP.
Além dos 40 mortos, outras duas mil pessoas ficaram feridas. O atentado ocorreu no Líbano.
Em setembro, o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, já havia pedido investigações sobre as explosões, uma vez que usar dispositivos disfarçados e aparentemente inofensivos como armadilha é proibido pelo direto internacional.
Relembre a explosão dos pagers
Testemunhas disseram que as explosões ocorreram quase ao mesmo tempo no dia 17 de setembro, às 15h45 no horário local (9h45 em Brasília). Depois de 30 minutos, novas detonações teriam sido registradas. Os pagers teriam sido adquiridos pelo Hezbollah nos últimos meses.
Explosões de dispositivos ocorreram também na Síria, onde pelo menos 14 pessoas foram atingidas.
Em comunicado, o Hezbollah disse que os equipamentos pertenciam a “trabalhadores em várias unidades e instituições do grupo”. Das milhares de pessoas feridas, centenas seriam integrantes da organização.
Câmeras de segurança registraram explosões em espaços públicos, incluindo nas ruas e em mercados. Algumas das pessoas atingidas não manuseavam os dispositivos no momento da detonação.