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Escassez de vacinas atinge 11 estados brasileiros e DF, contradizendo Ministério da Saúde
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Publicado em 11/11/2024

De acordo com investigação do portal Metrópoles revelou uma crise de abastecimento de vacinas em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal, desafiando a posição oficial do Ministério da Saúde, que havia negado um cenário de desabastecimento nacional. As vacinas em falta incluem doses para Covid-19, meningite, pneumonia, HPV, sarampo, caxumba, rubéola e febre amarela, essenciais para o controle de várias doenças infecciosas.

 

O Ministério da Saúde já enfrenta críticas desde o início de 2024 por ter incinerado 10,9 milhões de doses de vacinas que venceram antes de serem aplicadas. Desse total, a maioria era composta por vacinas contra a Covid-19. Outras 12 milhões de doses também expiradas aguardam descarte, o que reforça a preocupação com o desperdício e a gestão dos estoques.

 

 

Os estados com maior impacto são Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. A vacina contra varicela, por exemplo, está indisponível na maioria dessas regiões, com exceção de São Paulo. No Distrito Federal, a varicela foi substituída pela tetraviral, que também está em falta.

 

A situação é particularmente crítica no Paraná, onde a escassez de vacinas contra a Covid-19 para crianças ocorre em um contexto de mais de 5 mil mortes causadas pela doença em 2024. Além disso, seis estados e o Distrito Federal estão sem vacinas contra febre amarela, essencial para áreas de risco.

 

 

O desabastecimento inclui vacinas cruciais como a contra HPV, usada na prevenção de certos tipos de câncer, e a tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Em resposta, alguns estados têm recorrido a alternativas, como a vacina pentavalente, que abrange outras proteções, incluindo hepatite B.

 

Apesar da gravidade, nenhuma das unidades federativas apresentou previsão concreta para resolver a crise. Problemas com fornecedores e questões logísticas foram citados como causas da escassez, especialmente no Pará. Enquanto isso, o Amazonas aguarda novas remessas e o Maranhão conseguiu regularizar algumas vacinas para Covid-19 em outubro.

 

 

Os estados que mais sofrem com a falta de imunizantes estão tentando medidas paliativas, mas ainda enfrentam dificuldades. Na Bahia, o fornecimento de vacinas contra febre amarela tem sido irregular, devido à produção limitada e questões logísticas. Em outras regiões, como o Rio de Janeiro, as faltas têm sido “pontuais”, segundo autoridades locais. O Espírito Santo espera normalizar o fornecimento em 2024.

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