Um escritório de advocacia em Goiânia, que funcionava como um “laboratório de alucinógenos” foi alvo de buscas e apreensões na última quinta-feira (26). No local, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu em flagrante um homem suspeito de vender os chamados “cogumelos mágicos” e outros produtos provenientes do fungo. As investigações são parte da operação Toad, que tem o apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc).
Iniciada há seis meses, a ação apurou que o homem se intitulava guia espiritual e terapêutico. Ele comercializava as substâncias nas redes sociais e as enviava a compradores de todo o país por meio dos Correios. Além da venda dos cogumelos da espécie psilocybe cubensis, ele oferecia aos internautas alguns derivados, como chocolates e cápsulas.
Segundo os investigadores, o suspeito faturava aproximadamente R$ 50 mil com o negócio, com atendimentos que custavam R$ 2,5 mil. Os alucinógenos eram usados em cerimônias religiosas e considerados “tratamentos alternativos” para ansiedade, depressão e outros transtornos mentais.
Ao todo, foram cumpridos três mandatos em endereços ligados ao investigados. Uma das localidades é o escritório de advocacia que pertence ao pai dele. A sala, alugada pelo suspeito, operava como um laboratório, onde eram armazenados a maior parte dos materiais. Por lá, também aconteciam os encapsulamentos e produção dos itens derivados.
Popularmente conhecidos como “cogumelos mágicos”, o fungo tem alto ter alucinógeno e é proibido no Brasil, de acordo com a portaria nº 344/98 da ANVISA.
Pirenópolis: polícia prende suspeitos de vender remédios e cosméticos ilegais à base de canábis