O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira (26) ser “radicalmente contra” retirar direitos dos segurados do INSS, ressaltando que o foco deve ser aumentar a arrecadação, não reduzir benefícios. Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC, Lupi classificou como “criminosas” as isenções fiscais concedidas a determinados grupos econômicos, criticando a recorrente discussão de reformas previdenciárias que visam cortar direitos.
“A gente fala em reforma da Previdência só para tirar direito. Eu sou radicalmente contra”, declarou o ministro, acrescentando que retirar benefícios de quem já tem pouco é “desumano”. Para ele, o caminho está em melhorar a arrecadação e reverter as isenções, essenciais para sustentar o sistema.
Lupi também ressaltou a importância dos impostos para a sustentação da Previdência Social, afirmando que sem receita, o pagamento dos 40 milhões de aposentados, pensionistas e demais beneficiários estaria comprometido. Ele destacou que muitos grandes grupos econômicos não contribuem adequadamente para o sistema, situação agravada pelas isenções fiscais recentes aprovadas pelo Congresso Nacional.
“Eu tenho de respeitar o papel do Congresso Nacional, mas temos de esclarecer à população que, sem fonte de receita, como é que se paga a esses milhões de beneficiários?”, questionou o ministro, reforçando a necessidade de uma revisão das isenções para garantir a sustentabilidade da Previdência Social.