A assessoria do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desmentiu a declaração feita por Pablo Marçal, candidato pelo PRTB à prefeitura de São Paulo, de que teria recebido uma carta de Trump. O ex-coach afirmou ter recebido a correspondência após um incidente em que foi agredido pelo oponente José Luiz Datena durante um debate na TV Cultura. A notícia foi divulgada pelo portal Metrópoles.
Antes do debate do Grupo Flow, Marçal afirmou ter recebido uma carta do político americano. O porta-voz e conselheiro sênior de Trump Jason Miller disse que “o presidente Trump não enviou nenhuma carta do tipo”.
Alvo da cadeirada de Datena, Marçal fez algumas publicações nas redes sociais comparando o episódio da facada sofrida por Jair Bolsonaro (PL) na campanha de 2018, e também com o tiro desferido contra Donald Trump durante comício na campanha americana.
Na manhã desta quinta-feira (26), Pablo Marçal rebateu a coluna e mostrou o que seria o print de uma carta escrita por uma assessora de Trump. A mensagem, no entanto, não tem data e não cita o episódio da cadeirada. O texto traz apenas um agradecimento pelo interesse de Pablo em apoiar a candidatura de Donald.
Proximidade com o clã Bolsonaro
Jason Miller foi assessor de Donald Trump durante o mandato do americano na presidência. Ele deixou de trabalhar para o magnata após abrir a rede social GETTR, criada para acolher o ex-chefe da Casa Branca, à época expulso das redes sociais Facebook e Twitter.
Miller também ficou conhecido no Brasil pelos laços com a família Bolsonaro. A aproximação ocorreu após o filho 03, Eduardo, ser apresentado a Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump. O conselheiro veio ao Brasil em 2021, e participou na CPAC Brasil, edição nacional da conferência conservadora. Além disso, participou de reuniões com integrantes do governo brasileiro, como o ex-chanceler Ernesto Araújo e o assessor de assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins.
No Sete de Setembro daquele ano, Miller prestou depoimento à Polícia Federal pelo inquérito que investiga a organização de milícias digitais bolsonaristas para atacar as instituições democráticas. O fato foi usado por Bolsonaro em discurso em ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, para atacar o ministro Alexandre de Moraes, do STF.