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Governo Lula anuncia quitação de dívidas com a ONU e outros organismos internacionais
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Publicado em 25/09/2024

Nesta terça-feira (24), os ministérios das Relações Exteriores e do Planejamento anunciaram, em nota conjunta, que o Brasil quitou R$ 1,3 bilhão em dívidas com organismos multilaterais até este mês, encerrando todas as pendências financeiras do país com essas instituições. O pagamento inclui repasses a importantes organizações globais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Unesco e o Mercosul.

 

O cumprimento dessas obrigações fortalece a posição do Brasil nas negociações internacionais, ampliando sua capacidade de influência. Diplomatas destacaram que, ao exigir ações desses organismos e se posicionar como defensor do multilateralismo, é crucial que o país esteja em dia com seus compromissos financeiros. “Ao quitar suas dívidas, o Brasil pode participar plenamente das discussões, cobrar a execução de acordos e garantir que suas demandas sejam ouvidas”, ressaltou um diplomata.

 

 

A quitação coloca o Brasil em um seleto grupo de países que estão em dia com suas obrigações financeiras na ONU, o que é particularmente significativo em um momento em que a organização enfrenta desafios de liquidez. Os pagamentos, no caso da ONU, cobrem o orçamento regular da instituição, missões de paz e contribuições para tribunais penais internacionais.

 

O governo federal destacou que esse movimento faz parte de um esforço iniciado em 2023 para regularizar as dívidas do país com organismos internacionais, após anos de inadimplência. No ano passado, por exemplo, o Brasil pagou R$ 1,1 bilhão à ONU para quitar débitos acumulados, principalmente relacionados a missões de paz.

 

 

Diplomatas alertaram que a inadimplência poderia ter sérias consequências, como a perda do direito de voto em algumas instituições, prejudicando a capacidade do Brasil de influenciar decisões internacionais. Agora, com as contas regularizadas, o país reforça seu compromisso com o multilateralismo e sua relevância nas principais discussões globais.

 

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