A ordem de prisão preventiva contra o cantor Gusttavo Lima foi revogada nesta terça-feira (24/9) pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal do Recife. A decisão anulou o mandado emitido no dia anterior pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal, no âmbito da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a apostas esportivas.
Além da revogação da prisão, o desembargador suspendeu outras medidas cautelares impostas, como a retenção do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo do cantor. Gusttavo Lima, que está nos Estados Unidos, não chegou a ser preso. Ele está em sua residência em Hollywood Beach, um imóvel avaliado em R$ 65 milhões, onde está com sua esposa Andressa Suita e seus dois filhos.
A juíza Andrea Calado havia justificado a prisão com base na aquisição de 25% de participação na empresa Vai de Bet, de propriedade de José André da Rocha Neto, e na viagem de Gusttavo Lima à Grécia, acompanhado de José André e sua esposa, Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha, que se tornaram foragidos após o embarque. Segundo a juíza, essas ações indicariam que o cantor estaria “dando guarida a foragidos”.
No entanto, o desembargador Maranhão discordou, afirmando que as prisões preventivas dos investigados foram decretadas apenas em 3 de setembro, dois dias após a viagem à Grécia, não havendo indícios de que fossem foragidos na ocasião do embarque. O magistrado concluiu que a prisão preventiva e as medidas cautelares eram baseadas em “ilações impróprias e considerações genéricas” e, portanto, não justificadas.